O certo e o errado na iniciação musical
Orquestra afinada
Cantar muito: Varie
o repertório. Se você se sentir muito desafinado, recorra aos CDs.
Alguns foram feitos para esse fim, como Músicas Folclóricas Brasileiras e
Festas na Escola (Ed. G4, 15 reais cada). Outras opções são os livros
acompanhados de CD O Tesouro das Cantigas para Crianças (Vol. 1 e 2, Ana
Maria Machado, Ed. Nova Fronteira, 35 reais cada) e Cadernos de
Atividades (Roseli Lepique e Mônica Lima, Ed. G4, 30 reais).
Brincar de roda: É
uma forma divertida de fazer a criança cantar, apurar a afinação, a
percepção rítmica e melódica. O livro Brincando de Roda (Íris Costa
Novaes, Ed. Agir, esgotado) traz uma série de sugestões.
Assistir a filmes: Uma
sugestão é o vídeo Pedro e o Lobo, da coleção Meus Contos Favoritos
(Disney, 26,50 reais). As crianças poderão conhecer o som de diferentes
instrumentos da orquestra.
Contar histórias: As
crianças gostam de ouvir, de contar e de cantar histórias. Use
fantoches e proponha dramatizações. Ajuda nessa atividade o CD Mil
Pássaros (Palavra Cantada, 22 reais).
Bater bola: Bater
a bola no chão (como no basquete) desenvolve o senso rítmico e a
manutenção do andamento. É um desafio para crianças mais novas. Outra
brincadeira tradicional, de bater bola na parede, pegá-la de volta
realizando malabarismos enquanto se recita uma parlenda, também estimula
muito a construção do controle rítmico.
Adivinhar: Guarde
em uma caixa objetos com sons diferentes: sininhos, chocalhos, apitos
de pássaros, reco-reco, latas, flauta. No primeiro momento, deixe a
turma olhar e experimentar. Depois, cubra os olhos das crianças e faça
você o som, para que elas tentem descobrir o objeto. É um exercício
preparatório para a percepção do timbre.
Pular corda: Parece
simples: duas crianças giram a corda e outra pula. Mas na atividade as
crianças desenvolvem a nada trivial capacidade de prever o tempo
rítmico. As crianças que giram a corda, por mais "ensaiadas", variam a
velocidade. É como a dinâmica, nada constante, de um quinteto de jazz
que interpreta uma canção. Há uma variação normal do movimento. A
criança que pula tem de prever o movimento e pular no instante certo, se
adaptando ao que vai acontecer e não ao que já aconteceu.
Construir objetos sonoros: Encha
potinhos de plástico ou latinhas de refrigerante (tenha o cuidado de
pintá-los da mesma cor) com diferentes materiais (pedrinhas, botões,
milho, arroz) e mostre às crianças as diferenças de sons (graves, médios
e agudos). Depois peça a elas para organizá-los do mais grave para o
mais agudo e vice-versa. O exercício pode evoluir para o toque do
xilofone. O ideal é usar os que podem ser desmontados, para que a
criança remonte seguindo as ordens acima.
Escutar o ambiente: Convide
todos a fechar os olhos e escutar. Depois converse sobre o que ouviram.
Sons naturais (canto dos pássaros, latido de cães, vozes, vento, chuva)
ou produzidos por máquinas e instrumentos musicais. Vale a pena também
passear com as crianças pela escola para que elas observem os sons do
cotidiano nos diferentes ambientes, como pátio, cozinha, corredores.
Depois as crianças podem fazer mapas registrando suas observações, o que
vai estimular a audição.
Tocar flauta doce: Muitas
secretarias de educação e escolas particulares têm adotado o uso da
flauta na educação musical. É um instrumento fácil de ser dominado a
partir de 5 anos. Você também pode aprender rapidamente. Um livro
bastante usado é o Método de Flauta Doce, com CDs (Editora G4, 30
reais), que traz 22 músicas (com a melodia e apenas com o
acompanhamento).
Ih, desafinou!
- É um erro pensar que trabalhando somente a letra da música você está fazendo educação musical. Nesse caso, você apenas está trabalhando poesia.
- É um equívoco trabalhar a música apenas em ocasiões especiais, sem que se faça um planejamento a longo prazo
- Evite usar a música somente para formar hábitos e atitudes - como lavar as mãos, escovar os dentes - ou para ajudar a memorizar números ou letras do alfabeto. Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais que são imitados pelas crianças de forma mecânica, sem criatividade.
- Focar as atividades em bandinhas rítmicas ou na confecção de instrumentos de sucata também não é recomendável. Esse material geralmente fica com uma qualidade sonora deficiente e reforça a imitação, deixando pouco espaço para as atividades de criação e percepção.
* Leia na íntegra em: https://novaescola.org.br/conteudo/131/musica-contribui-para-o-desenvolvimento-infantil
O certo e o errado na iniciação musical
Orquestra afinada
Cantar muito: Varie
o repertório. Se você se sentir muito desafinado, recorra aos CDs.
Alguns foram feitos para esse fim, como Músicas Folclóricas Brasileiras e
Festas na Escola (Ed. G4, 15 reais cada). Outras opções são os livros
acompanhados de CD O Tesouro das Cantigas para Crianças (Vol. 1 e 2, Ana
Maria Machado, Ed. Nova Fronteira, 35 reais cada) e Cadernos de
Atividades (Roseli Lepique e Mônica Lima, Ed. G4, 30 reais).
Brincar de roda: É
uma forma divertida de fazer a criança cantar, apurar a afinação, a
percepção rítmica e melódica. O livro Brincando de Roda (Íris Costa
Novaes, Ed. Agir, esgotado) traz uma série de sugestões.
Assistir a filmes: Uma
sugestão é o vídeo Pedro e o Lobo, da coleção Meus Contos Favoritos
(Disney, 26,50 reais). As crianças poderão conhecer o som de diferentes
instrumentos da orquestra.
Contar histórias: As
crianças gostam de ouvir, de contar e de cantar histórias. Use
fantoches e proponha dramatizações. Ajuda nessa atividade o CD Mil
Pássaros (Palavra Cantada, 22 reais).
Bater bola: Bater
a bola no chão (como no basquete) desenvolve o senso rítmico e a
manutenção do andamento. É um desafio para crianças mais novas. Outra
brincadeira tradicional, de bater bola na parede, pegá-la de volta
realizando malabarismos enquanto se recita uma parlenda, também estimula
muito a construção do controle rítmico.
Adivinhar: Guarde
em uma caixa objetos com sons diferentes: sininhos, chocalhos, apitos
de pássaros, reco-reco, latas, flauta. No primeiro momento, deixe a
turma olhar e experimentar. Depois, cubra os olhos das crianças e faça
você o som, para que elas tentem descobrir o objeto. É um exercício
preparatório para a percepção do timbre.
Pular corda: Parece
simples: duas crianças giram a corda e outra pula. Mas na atividade as
crianças desenvolvem a nada trivial capacidade de prever o tempo
rítmico. As crianças que giram a corda, por mais "ensaiadas", variam a
velocidade. É como a dinâmica, nada constante, de um quinteto de jazz
que interpreta uma canção. Há uma variação normal do movimento. A
criança que pula tem de prever o movimento e pular no instante certo, se
adaptando ao que vai acontecer e não ao que já aconteceu.
Construir objetos sonoros: Encha
potinhos de plástico ou latinhas de refrigerante (tenha o cuidado de
pintá-los da mesma cor) com diferentes materiais (pedrinhas, botões,
milho, arroz) e mostre às crianças as diferenças de sons (graves, médios
e agudos). Depois peça a elas para organizá-los do mais grave para o
mais agudo e vice-versa. O exercício pode evoluir para o toque do
xilofone. O ideal é usar os que podem ser desmontados, para que a
criança remonte seguindo as ordens acima.
Escutar o ambiente: Convide
todos a fechar os olhos e escutar. Depois converse sobre o que ouviram.
Sons naturais (canto dos pássaros, latido de cães, vozes, vento, chuva)
ou produzidos por máquinas e instrumentos musicais. Vale a pena também
passear com as crianças pela escola para que elas observem os sons do
cotidiano nos diferentes ambientes, como pátio, cozinha, corredores.
Depois as crianças podem fazer mapas registrando suas observações, o que
vai estimular a audição.
Tocar flauta doce: Muitas
secretarias de educação e escolas particulares têm adotado o uso da
flauta na educação musical. É um instrumento fácil de ser dominado a
partir de 5 anos. Você também pode aprender rapidamente. Um livro
bastante usado é o Método de Flauta Doce, com CDs (Editora G4, 30
reais), que traz 22 músicas (com a melodia e apenas com o
acompanhamento).
Ih, desafinou!
- É um erro pensar que trabalhando somente a letra da música você está fazendo educação musical. Nesse caso, você apenas está trabalhando poesia.
- É um equívoco trabalhar a música apenas em ocasiões especiais, sem que se faça um planejamento a longo prazo
- Evite usar a música somente para formar hábitos e atitudes - como lavar as mãos, escovar os dentes - ou para ajudar a memorizar números ou letras do alfabeto. Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais que são imitados pelas crianças de forma mecânica, sem criatividade.
- Focar as atividades em bandinhas rítmicas ou na confecção de instrumentos de sucata também não é recomendável. Esse material geralmente fica com uma qualidade sonora deficiente e reforça a imitação, deixando pouco espaço para as atividades de criação e percepção.
* Leia na íntegra em: https://novaescola.org.br/conteudo/131/musica-contribui-para-o-desenvolvimento-infantil
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