Síndrome do X Frágil- O papel do professor























Síndrome X - Frágil 

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA (Fonte: http://edif.blogs.sapo.pt/14693.html)

1 – O professor – que papel?
Trabalhar com crianças deficientes, exige um trabalho mais específico nas áreas sociais, psicossociais, sensoriais, de autonomia e independência pessoal, contudo a vertente cognitiva não pode ser descurada.
A intervenção educativa dentro da sala de aula parte, inicialmente, da consciencialização, por parte do professor, de que a criança tem limitações e da descoberta das causas das mesmas. Aspectos como o relacional contribuem para, através de uma atitude empática, levar a criança a sentir-se reconfortada, amparada, segura e suplantar as dificuldades que manifesta. Em casos mais graves, a intervenção educativa passa pelo incentivo do uso da linguagem e pela consciencialização no outro, de que a comunicação é um ato que coexiste em contexto de interação social. A fala surge, assim, espontaneamente como um meio de troca de experiências.
O professor deverá planificar uma intervenção centrada nos domínios da aprendizagem, ou seja, no ensino direto das áreas em que a criança apresenta dificuldades, quer se trate da leitura, da matemática ou de qualquer outra área, sem nunca perder de vista as suas capacidades e interesses.
Neste contexto é importante considerar os objetivos que assistem ao desenvolvimento da linguagem: encorajar o uso da fala para se expressar; cria condições de aprendizagem de palavras novas; incentivar a compreensão e a produção de fala, e que o professor deve ter sempre presentes. É por isso importante a definição dos objetivos, dentro das limitações/possibilidades da criança, que visem desenvolver os aspectos linguísticos, nomeadamente no domínio da fala, da leitura e da escrita, incentivar a descoberta do mundo e contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo.
Considerando o desenvolvimento como o conjunto das mudanças que ocorrem na organização do pensamento e que resultam da aquisição de novos conhecimentos cabe ao professor fornecer à criança conceitos e teorias que lhe possibilitem a formação de um conjunto de conhecimentos estruturados, que, por sua vez, quando confrontado com um problema, viabilizem a construção de uma representação que o conduzirá à sua resolução. Desta forma a intervenção deve centrar-se na aquisição de conhecimentos, isto é, nas áreas escolares pois é neste contexto que se devem procurar as formas de otimizar o processo de ensino / aprendizagem, no caso de se tratar de crianças com dificuldades de aprendizagem e de desenvolvimento.
Uma vez detectada a necessidade de se incidir nas áreas específicas para promover uma determinada aquisição, por parte dos alunos com dificuldades de aprendizagem, a planificação das atividades e das estratégias passa a ser uma das preocupações fundamentais neste domínio. A melhor forma de viabilizar este tipo de ensino é através da instrução direta. Esta refere-se ao modo de ensino em que o professor promove uma nova aprendizagem através da apresentação do conteúdo e em que é permitido ao aluno testar a sua capacidade de compreensão e domínio da matéria, mediante uma prática orientada. Esta caracteriza-se por se centrar nos conteúdos acadêmicos que devem ser analisados em pequenas unidades e por apelar a métodos diretivos em que o professor assume um papel central.
De acordo com Rosenshine e Stevens (1986:379, cit por Raposo, Bidarra e Festas: 1998: 151) podemos identificar seis fases na instrução direta:


1. Revisão e avaliação do trabalho do dia anterior (e novo ensino se necessário);
2. Apresentação de novos conteúdos;
3. Prática guiada (e avaliação para a compreensão);
4. Correção e Feedback (e novo ensino se necessário);
5. Prática autônoma;
6. Revisões semanais e mensais.

Cada uma destas fases apresenta por sua vez algumas características que importa referenciar.

Todas as fases mencionadas devem ser trabalhadas de forma sequencial e gradual, para que as crianças possam atingir com sucesso patamares de desenvolvimento pessoal e social superiores.

 Revisão e avaliação do trabalho do dia anterior 
- Correção dos trabalhos de casa; 
- Ensino das áreas de maior dificuldade; 
- Revisão das aprendizagens anteriores; 
- Revisão dos pré-requisitos. 
- Prática e aprendizagem de matéria dada; 
- Detecção e superação de eventuais dificuldades.


Apresentação de novos conteúdos
- Apresentação dos objetivos da lição; 
- Apresentação da estrutura geral da lição; 
- Procedimentos, pequenos passos e pequenas unidades;
- Colocação de questões; 
- Realce dos pontos principais; 
- Fornecimento de exemplos concretos, demonstrações e modelos; 
- Avaliação da compreensão dos alunos. 
- Definição dos objetivos; 
- Avaliação / verificação da aprendizagem.



Prática guiada 
- Realização de perguntas; 
- Orientar os alunos no exercício de matérias novas; 
- Avaliar a compreensão dos alunos; - Dar feedback; 
- Corrigir os erros; 
- Voltar a ensinar sempre que se justifique; 
- Dar um grande número de exercícios que os alunos podem realizar com sucesso; 
- Treino e pratica das aprendizagens feitas; 
- Consolidação de aprendizagens.

Correção e Feedback 
- Corrigir e dar feedback às respostas dos alunos sempre 
- Dar ao aluno a possibilidade de treinar a resposta correta; 
- Motivar o aluno; - Reforçar o ensino.

Prática autônoma
- Trabalho individual; 
-Trabalho de grupo 
- Tornar o aluno capaz de trabalhar de forma independente.

Revisões semanais e mensais 
- Rever sistematicamente a matéria; 
-Avaliação da compreensão e do domínio que os alunos têm das aprendizagens; 
- Avaliar a ação do professor.


2 – Materiais e estratégias a utilizar

Para que as crianças atinjam níveis de desenvolvimento cada vez mais elevados deverão ser motivadas e trabalhadas recorrendo ao uso de materiais e estratégias que se adequem às suas características devendo ser diversificadas e adaptadas a cada caso específico.

* Proporcionar áreas com segurança para a aprendizagem e para a brincadeira;
* Criar um ambiente controlado e pouco confuso, onde o aluno possa aprender, praticar e concentrar-se nas atividades propostas;
* Possibilitar ao aluno um ensino de carácter funcional que lhe permita usufruir de uma melhor qualidade de vida, assim como criar condições para uma melhor integração na vida ativa;
* Definir dentro do ambiente do aluno diferentes áreas de realização de atividades;
* Arrumar os materiais e objetos em locais próprios, desenvolvendo a orientação e a consistência ambiental;
* Utilizar materiais / objetos de diferentes texturas, tamanhos, formas, pesos, etc.;
* Aplicar objetos da vida diária;
* Usar o “little room” ou pequenos ginásios onde o aluno possa desenvolver as suas capacidades e habilidades;
* Aplicar materiais/objetos surpresa durante as atividades para auxiliar no desenvolvimento e skills;
* Empregar materiais que ativem e desenvolvam os sentidos: vestibular, auditivo, olfativo, táctil e gustativo do aluno (como o uso de objetos produtores de vibrações, ressonâncias, ritmos, pesos e temperaturas para desenvolver estes sistemas sensoriais);
* Aproveitar materiais / equipamentos gímnicos e psicomotores que permitam o trabalho de habilidades motoras, como: puxar, apanhar, largar objetos;
* Aplicar pistas sonoras, visuais e tácteis que permitam encontrar objetos ou explicação para algumas situações;
* Usar texturas secas, húmidas e molhadas;
* Realizar atividades de estimulação sensorial em ambientes controlados e mudá-los gradualmente para ambientes naturais;
* Organizar atividades rotineiras a fim de proporcionar experiências sensoriais e encorajar a sua utilização em situações específicas;
* Ter em conta os posicionamentos da criança (recorrer à ajuda de um terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta se necessário);
* Tomar atenção às formas de resposta do aluno (como: movimentos corporais, expressões, posturas, respirações, etc.);
* Deixar o aluno explorar objetos, alimentos e pessoas;
* Utilizar as rotinas diárias significativas para a criança como momento de aprendizagem;
* Dar informação oral por trás da criança, de forma a facilitar uma melhor percepção auditiva;
* Ensinar/estimular o uso das mãos como ferramentas de exploração e experimentação;
* Permitir que os objetos estejam ao alcance do aluno;
* Efetuar a estimulação sensorial de forma cuidada, sistemática e gradual (para não criar confusão ao aluno);
* Explorar objetos / materiais em conjunto com o aluno (mostrar como se segura, utiliza e explora os objetos);
* Utilizar a informática e as TIC como instrumentos para desenvolver a aprendizagem do aluno;
* Experimentar diferentes ambientes de trabalho (exteriores e interiores);
* Utilizar o trabalho individual e de grupo;
* Ensinar / estimular a criança a aproximar-se e a tocar nos outros.

Fonte: http://edif.blogs.sapo.pt/14693.html
























Síndrome X - Frágil 

INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA (Fonte: http://edif.blogs.sapo.pt/14693.html)

1 – O professor – que papel?
Trabalhar com crianças deficientes, exige um trabalho mais específico nas áreas sociais, psicossociais, sensoriais, de autonomia e independência pessoal, contudo a vertente cognitiva não pode ser descurada.
A intervenção educativa dentro da sala de aula parte, inicialmente, da consciencialização, por parte do professor, de que a criança tem limitações e da descoberta das causas das mesmas. Aspectos como o relacional contribuem para, através de uma atitude empática, levar a criança a sentir-se reconfortada, amparada, segura e suplantar as dificuldades que manifesta. Em casos mais graves, a intervenção educativa passa pelo incentivo do uso da linguagem e pela consciencialização no outro, de que a comunicação é um ato que coexiste em contexto de interação social. A fala surge, assim, espontaneamente como um meio de troca de experiências.
O professor deverá planificar uma intervenção centrada nos domínios da aprendizagem, ou seja, no ensino direto das áreas em que a criança apresenta dificuldades, quer se trate da leitura, da matemática ou de qualquer outra área, sem nunca perder de vista as suas capacidades e interesses.
Neste contexto é importante considerar os objetivos que assistem ao desenvolvimento da linguagem: encorajar o uso da fala para se expressar; cria condições de aprendizagem de palavras novas; incentivar a compreensão e a produção de fala, e que o professor deve ter sempre presentes. É por isso importante a definição dos objetivos, dentro das limitações/possibilidades da criança, que visem desenvolver os aspectos linguísticos, nomeadamente no domínio da fala, da leitura e da escrita, incentivar a descoberta do mundo e contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo.
Considerando o desenvolvimento como o conjunto das mudanças que ocorrem na organização do pensamento e que resultam da aquisição de novos conhecimentos cabe ao professor fornecer à criança conceitos e teorias que lhe possibilitem a formação de um conjunto de conhecimentos estruturados, que, por sua vez, quando confrontado com um problema, viabilizem a construção de uma representação que o conduzirá à sua resolução. Desta forma a intervenção deve centrar-se na aquisição de conhecimentos, isto é, nas áreas escolares pois é neste contexto que se devem procurar as formas de otimizar o processo de ensino / aprendizagem, no caso de se tratar de crianças com dificuldades de aprendizagem e de desenvolvimento.
Uma vez detectada a necessidade de se incidir nas áreas específicas para promover uma determinada aquisição, por parte dos alunos com dificuldades de aprendizagem, a planificação das atividades e das estratégias passa a ser uma das preocupações fundamentais neste domínio. A melhor forma de viabilizar este tipo de ensino é através da instrução direta. Esta refere-se ao modo de ensino em que o professor promove uma nova aprendizagem através da apresentação do conteúdo e em que é permitido ao aluno testar a sua capacidade de compreensão e domínio da matéria, mediante uma prática orientada. Esta caracteriza-se por se centrar nos conteúdos acadêmicos que devem ser analisados em pequenas unidades e por apelar a métodos diretivos em que o professor assume um papel central.
De acordo com Rosenshine e Stevens (1986:379, cit por Raposo, Bidarra e Festas: 1998: 151) podemos identificar seis fases na instrução direta:


1. Revisão e avaliação do trabalho do dia anterior (e novo ensino se necessário);
2. Apresentação de novos conteúdos;
3. Prática guiada (e avaliação para a compreensão);
4. Correção e Feedback (e novo ensino se necessário);
5. Prática autônoma;
6. Revisões semanais e mensais.

Cada uma destas fases apresenta por sua vez algumas características que importa referenciar.

Todas as fases mencionadas devem ser trabalhadas de forma sequencial e gradual, para que as crianças possam atingir com sucesso patamares de desenvolvimento pessoal e social superiores.

 Revisão e avaliação do trabalho do dia anterior 
- Correção dos trabalhos de casa; 
- Ensino das áreas de maior dificuldade; 
- Revisão das aprendizagens anteriores; 
- Revisão dos pré-requisitos. 
- Prática e aprendizagem de matéria dada; 
- Detecção e superação de eventuais dificuldades.


Apresentação de novos conteúdos
- Apresentação dos objetivos da lição; 
- Apresentação da estrutura geral da lição; 
- Procedimentos, pequenos passos e pequenas unidades;
- Colocação de questões; 
- Realce dos pontos principais; 
- Fornecimento de exemplos concretos, demonstrações e modelos; 
- Avaliação da compreensão dos alunos. 
- Definição dos objetivos; 
- Avaliação / verificação da aprendizagem.



Prática guiada 
- Realização de perguntas; 
- Orientar os alunos no exercício de matérias novas; 
- Avaliar a compreensão dos alunos; - Dar feedback; 
- Corrigir os erros; 
- Voltar a ensinar sempre que se justifique; 
- Dar um grande número de exercícios que os alunos podem realizar com sucesso; 
- Treino e pratica das aprendizagens feitas; 
- Consolidação de aprendizagens.

Correção e Feedback 
- Corrigir e dar feedback às respostas dos alunos sempre 
- Dar ao aluno a possibilidade de treinar a resposta correta; 
- Motivar o aluno; - Reforçar o ensino.

Prática autônoma
- Trabalho individual; 
-Trabalho de grupo 
- Tornar o aluno capaz de trabalhar de forma independente.

Revisões semanais e mensais 
- Rever sistematicamente a matéria; 
-Avaliação da compreensão e do domínio que os alunos têm das aprendizagens; 
- Avaliar a ação do professor.


2 – Materiais e estratégias a utilizar

Para que as crianças atinjam níveis de desenvolvimento cada vez mais elevados deverão ser motivadas e trabalhadas recorrendo ao uso de materiais e estratégias que se adequem às suas características devendo ser diversificadas e adaptadas a cada caso específico.

* Proporcionar áreas com segurança para a aprendizagem e para a brincadeira;
* Criar um ambiente controlado e pouco confuso, onde o aluno possa aprender, praticar e concentrar-se nas atividades propostas;
* Possibilitar ao aluno um ensino de carácter funcional que lhe permita usufruir de uma melhor qualidade de vida, assim como criar condições para uma melhor integração na vida ativa;
* Definir dentro do ambiente do aluno diferentes áreas de realização de atividades;
* Arrumar os materiais e objetos em locais próprios, desenvolvendo a orientação e a consistência ambiental;
* Utilizar materiais / objetos de diferentes texturas, tamanhos, formas, pesos, etc.;
* Aplicar objetos da vida diária;
* Usar o “little room” ou pequenos ginásios onde o aluno possa desenvolver as suas capacidades e habilidades;
* Aplicar materiais/objetos surpresa durante as atividades para auxiliar no desenvolvimento e skills;
* Empregar materiais que ativem e desenvolvam os sentidos: vestibular, auditivo, olfativo, táctil e gustativo do aluno (como o uso de objetos produtores de vibrações, ressonâncias, ritmos, pesos e temperaturas para desenvolver estes sistemas sensoriais);
* Aproveitar materiais / equipamentos gímnicos e psicomotores que permitam o trabalho de habilidades motoras, como: puxar, apanhar, largar objetos;
* Aplicar pistas sonoras, visuais e tácteis que permitam encontrar objetos ou explicação para algumas situações;
* Usar texturas secas, húmidas e molhadas;
* Realizar atividades de estimulação sensorial em ambientes controlados e mudá-los gradualmente para ambientes naturais;
* Organizar atividades rotineiras a fim de proporcionar experiências sensoriais e encorajar a sua utilização em situações específicas;
* Ter em conta os posicionamentos da criança (recorrer à ajuda de um terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta se necessário);
* Tomar atenção às formas de resposta do aluno (como: movimentos corporais, expressões, posturas, respirações, etc.);
* Deixar o aluno explorar objetos, alimentos e pessoas;
* Utilizar as rotinas diárias significativas para a criança como momento de aprendizagem;
* Dar informação oral por trás da criança, de forma a facilitar uma melhor percepção auditiva;
* Ensinar/estimular o uso das mãos como ferramentas de exploração e experimentação;
* Permitir que os objetos estejam ao alcance do aluno;
* Efetuar a estimulação sensorial de forma cuidada, sistemática e gradual (para não criar confusão ao aluno);
* Explorar objetos / materiais em conjunto com o aluno (mostrar como se segura, utiliza e explora os objetos);
* Utilizar a informática e as TIC como instrumentos para desenvolver a aprendizagem do aluno;
* Experimentar diferentes ambientes de trabalho (exteriores e interiores);
* Utilizar o trabalho individual e de grupo;
* Ensinar / estimular a criança a aproximar-se e a tocar nos outros.

Fonte: http://edif.blogs.sapo.pt/14693.html



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